Leitura de dados
08/12/2014
Em nossa sala de aulas, o terceiro ano D, na Emef Luciano Poletti em Ferraz De Vasconcelos, temos uma biblioteca volante, construída com livros que fazem parte do acervo do PNAIC.
Além de serem lidos durante as aulas, também fizemos um caderno de registros com os nomes dos títulos dos livros e, os alunos registram seus nomes neste caderno e levam o livro emprestado para ler em casa, devolvendo no dia seguinte ou após o final de semana anotando a data da devolução.
A ideia foi bem aceita pelo grupo, que cuida muito bem do material, e este mesmo grupo já havia me questionado se eu sabia dizer qual o livro mais lido de nosso acervo, a partir da formulação desta hipótese de interesse dos alunos utilizei este material para fazer a atividade sugerida no site do IBGE, “Leitura De Dados”.
O primeiro passo foi uma roda de conversa buscando os conhecimentos prévios do grupo, que é formado por 30 alunos, e no dia da atividade contava com 22 presentes, sobre formas de contar grandes quantidades de coisas diversas e registrar esses valores de forma simples, clara e objetiva para que outras pessoas possam entender também de forma objetiva os dados registrados. Destes 22 apenas duas crianças se utilizaram da hipótese gráfico ou tabela como sendo a melhor forma para descobrirmos e registrarmos dados variados.
Conversei com o grupo sobre o IBGE, explicando o significado da sigla e a importância deste nos dados relevantes sobre o aumento ou diminuição da população do nosso país, diversas perguntas foram elaboradas pelas crianças que logo questionaram: “mas professora eles contam todas as pessoas de todas as casas de uma em uma?” Sim, respondi. “Mas como?” Foi então que expliquei que é tudo fracionado por ruas e casas dos municípios, só depois estas pesquisas são agrupadas e detalhadas em gráficos e tabelas. Para que entendessem melhor mostrei um gráfico de barras de nosso livro paradidático de matemática sobre brinquedos da turma, quase todos conseguiram fazer a leitura dos dados rapidamente e entender melhor o assunto abordado.
O próximo passo foi questionar se aceitavam utilizarmos os livros de leitura da sala para construirmos nosso gráfico, já que tinham o interesse em saber qual o mais lido, todos concordaram, os livros foram dispostos numa mesa, mas a quantidade era muito grande então, decidimos que apenas cinco títulos seriam usados para fazermos a pesquisa.
Realizamos a votação fazendo as anotações na lousa e, a partir dos dados descobertos, pedi aos alunos que tentassem construir um gráfico de barras em folha de sulfite utilizando todas as informações que já tinham, incluindo o livro paradidático para nortear esta construção. Logo já haviam alunos que definiram que o gráfico deveria ter cinco colunas pois, eram cinco títulos, que teriam de usar cores diferente para identificar os votos de cada livro. Tiveram um pouco de dificuldade apenas para definir com qual número deveriam começar a reta numérica do gráfico, sugeri que utilizassem o menor número encontrado na tabela de votação para facilitar o trabalho, e assim foi feito.
Somente após a construção individual fizemos a construção da tabela e do gráfico em dimensões maiores em folhas de cartolina, onde todos os alunos participaram individualmente da construção, como mostram as fotos.
A atividade foi gratificante, abordei com o grupo várias outras formas de uso de tabelas e gráficos, inclusive as que existem nas embalagens dos alimentos, medicamentos, produtos no geral e a importância de se aprender este conhecimento que será utilizado para a vida toda. Fiz a leitura do livro mais lido para o grupo.