Cartografia no Ensino Médio

Ao verificar as limitações de parte significativa de alunos que ingressam no Ensino Médio em relação ao raciocínio espacial, busquei nos materiais do IBGE possibilidades de proporcionar aos alunos o desenvolvimento de suas capacidades de leitura espacial e de mapeamento dos espaços.

Iniciei pelo básico (aluno como mapeador do espaço), com base no exemplo trazido pelo "Meu 1º Atlas", solicitei que os alunos representassem o percurso que fazem de casa até o campus onde estudam.

Tive como resultado os mais diversos, desde materiais que unem a visão oblíqua e vertical, até aqueles com a visão totalmente vertical, esses resultados demonstram a dificuldade de parte dos alunos em compreender como se representa o espaço em uma folha de papel, mas também ao mesmo tempo proporciona a quem lê as representações a identificação das áreas mais importantes para estes novos mapeadores.

Em outra ocasião trabalhei com mapas do "Atlas Geográfico Escolar", agora na perspectiva de tornar os alunos "leitores" das representações espaciais.

Trabalhamos de forma coletiva com os mapas "Distribuição da população no Brasil - 2014", "Brasil 2014 - Pecuária (rebanho bovino)" e "Brasil 2014 - Pecuária (aves)".

Inicialmente discutimos a composição das legendas, isto é, o que as opções apresentadas na legenda invisibilizavam acerca dos temas dos mapas.

Em todos esses mapas fizemos a leitura elementar, buscando responder "onde o fenômeno se manifesta e onde não", a partir dessa pergunta buscamos aprofundar tentando apontar possíveis justificativas para a presença ou ausência dos fenômenos nos diferentes lugares.

Considero que as atividades proporcionaram aos alunos diferentes modos de compreender os conteúdos de cartografia, assim como impulsionaram a criatividade, tanto no mapeamento quanto na leitura dos mapas. Dessa forma, entendo que as atividades foram satisfatórias quanto ao alcance dos objetivos propostos.