Os povos indígenas têm uma grande diversidade, com diferentes características e modos de vida, muitas línguas e uma enorme riqueza cultural!
O Censo 2022 revelou que quase 1,7 milhão de indígenas vivem no Brasil, correspondendo a 0,83% da população total do país.
A pesquisa apontou que a maior parte dos indígenas (867,9 mil ou 51,2%) vive na Amazônia Legal, região formada pelos estados do Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão.
As regiões Norte e Nordeste concentram 75,71% dos indígenas do país. Além disso, identificou-se que 63,3% dos indígenas vivem fora das Terras Indígenas.
Os dois estados com maior número de pessoas indígenas, Amazonas (490,9 mil) e Bahia (229,1 mil), concentravam 42,51% do total dessa população no país. E em 2022, Manaus era o município brasileiro com maior número de pessoas indígenas, com 71,7 mil. A capital amazonense foi seguida de São Gabriel da Cachoeira/AM, que tinha 48,3 mil habitantes indígenas, e Tabatinga/AM, com 34,5 mil. A Terra Indígena Yanomami (AM/RR) era a que tinha o maior número de pessoas indígenas (27.152), seguida pela Raposa Serra do Sol (RR), com 26.176 habitantes indígenas, e pela Évare I (AM), com 20.177.
O Censo 2022 revelou também que muitos dos indígenas são jovens, com mais da metade tendo menos de 30 anos (56,10%), enquanto no Brasil todo, essa proporção é menor (42,07%).
Em média, os indígenas têm 25 anos de idade, o que é mais jovem do que a média nacional, que é de 35 anos. Aqueles que vivem em áreas específicas, chamadas Terras Indígenas, são ainda mais jovens, com uma média de 19 anos. Fora dessas áreas, a idade média é de 30 anos.
Essa diferença na idade varia dependendo da região do país. Por exemplo, no Norte, os indígenas são mais jovens, com uma média de 21 anos, enquanto no Sudeste, são mais velhos, com 36 anos.
Muitos indígenas são crianças, com quase um terço deles tendo menos de 14 anos. Isso é mais do que a média nacional. Especialmente entre aqueles que vivem em Terras Indígenas, metade são crianças.
Quando se trata de educação, muitos indígenas estão na idade certa para frequentar a escola, com cerca de 600 mil tendo até 17 anos. Eles estão espalhados entre aqueles que vivem dentro e fora de Terras Indígenas. Garantir que todos tenham acesso à educação é muito importante.
Os indígenas mais velhos representam uma proporção menor em comparação com os mais jovens. Por exemplo, para cada 100 indígenas com até 14 anos, há 35 que têm 60 anos ou mais. Esse número é menor que o da população geral do país, onde para cada 100 pessoas mais jovens, há 80 idosos.
A região Norte tem a menor proporção de indígenas mais velhos, com 19 idosos para cada 100 jovens. Já o Sudeste é a única região onde há mais indígenas mais velhos do que a média nacional.
A forma da pirâmide que mostra a quantidade de pessoas indígenas no Brasil é como um triângulo, o que quer dizer que tem mais jovens do que idosos, até por volta dos 20 anos de idade.
Mas essa parte mais larga da pirâmide, que representa os mais jovens, está começando a diminuir. Isso pode significar que menos crianças estão nascendo ao longo do tempo.
Quando olhamos para os indígenas que vivem em Terras Indígenas, eles tendem a ser mais jovens e com mais homens até cerca dos 74 anos, enquanto aqueles que vivem fora dessas áreas têm mais mulheres a partir dos 15 anos de idade.
No Brasil todo, há mais mulheres indígenas do que homens, com 100 mulheres para cada 97 homens. Isso quer dizer que existem cerca de 25 mil mulheres indígenas a mais do que homens indígenas no país.
Essa proporção varia de região para região. Por exemplo, no Norte, há mais mulheres do que homens, enquanto no Sudeste, há menos homens indígenas em relação às mulheres.
Em breve, o IBGEduca divulgará mais resultados!
Enquanto isso, veja o vídeo realizado para a preparação do Censo 2022!
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Indígenas (texto do IBGEeduca/Jovens)
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