Como estão as mulheres do Brasil?
Você consegue imaginar um lugar onde homens e mulheres tenham os mesmos direitos e oportunidades de trabalho ou tenham acesso igual à saúde e à educação?
No Brasil, ainda estamos caminhando para que haja a igualdade entre os sexos em todos os setores da sociedade. Enquanto esse dia não chega, que tal aprender com as estatísticas como está a situação das mulheres brasileiras no trabalho, saúde e educação?
Você sabia que, em 2022, as mulheres dedicaram, em média, 21,3 horas semanais aos afazeres domésticos e cuidando de pessoas? Já os homens gastaram bem menos 11,7 horas fazendo a mesma coisa!
Essa e outras informações estão no estudo “Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil”, publicado pelo IBGE em março de 2024.
As estatísticas mostram que as mulheres tentam conciliar, de modo ainda desigual, os afazeres domésticos e cuidados de pessoas com o trabalho remunerado. Em muitos casos, elas só conseguem empregos que ocupem menos horas durante a semana.
Em 2022, 28,0% das mulheres estavam ocupadas (ou seja, trabalhando) em tempo parcial (de até 30 horas semanais), quase o dobro (14,4%) do verificado para os homens.
A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho foi de 53,3% enquanto a dos homens foi bem maior: 73,2%.
Se no trabalho, a situação das mulheres ainda é desigual quando comparada aos homens, o estudo aponta uma melhora quando o assunto é educação.
Em 2022, cerca de 92,5% de meninas de 15 a 17 anos estudavam, contra 91,9% de meninos na mesma faixa etária.
No mesmo ano, na população com 25 anos ou mais de idade, 35,5% dos homens não tinham instrução ou possuíam apenas o Ensino Fundamental incompleto, contra 32,7% das mulheres.
No quesito saúde, com a pandemia de Covid-19, a razão de mortalidade materna (mortes maternas relacionadas ao parto) cresceu 29% em 2020, em relação a 2019. O Brasil alcançou a marca de 74,7 óbitos por 100 mil nascidos vivos. E em 2021, o número de óbitos aumentou ainda mais, chegando 117,4 a cada 100 mil nascidos vivos.
O estudo do IBGE também recuperou um dado da Pesquisa Nacional de Saúde – PNS: cerca de 5,7% das mulheres brancas relataram em 2019 ter passado por violência psicológica, física ou sexual praticada por ex ou atual companheiro. A proporção era maior para as mulheres pretas ou pardas (6,3%).
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