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Matérias especiais

Projeções e estimativas de população: você sabe o que são?

 

Já pensou contar o número de pessoas que vivem num país todo ano? Se o país for pequeno, pode até ser possível, mas se for imenso como o Brasil, é praticamente impossível! Mas tem que haver um jeito de se saber o número de população anual até porque ele é importante para se muitas coisas como, por exemplo, servir de base para o planejamento e monitoramento de políticas e ações nos setores público e privado.

E você sabe que jeito é esse? Então vamos te explicar agora...

O IBGE é o órgão responsável por produzir as “projeções de população” do Brasil e das Unidades da Federação. Essas projeções atualizam as populações para cada estado brasileiro e Distrito Federal, com base nas componentes da dinâmica demográfica, ou seja, nascimentos, óbitos e migração.

São a principal fonte de informação populacional disponível entre um censo e outro, além de servirem para o cálculo de estimativas das populações dos municípios* usadas para a distribuição das quotas relativas ao Fundo de Participação de Estados e Municípios conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ou seja, estados e municípios recebem verba do Governo Federal mas quem calcula quanto cada um deve receber é o TCU que se baseia na estimativa de população calculada pelo IBGE! Está vendo como a projeção de população é importante?

No mês de agosto (2024), o IBGE divulgou as Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação para o período de 2023 a 2070 e as Estimativas Populacionais que englobam o período de 2000 a 2022. Vamos ver os resultados?

População do Brasil vai diminuir depois de atingir o pico

Após atingir seu máximo em 2041 - 220.425.299 habitantes - a população brasileira vai diminuir, chegando aos 199.228.708 habitantes em 2070.

O número de nascimentos por ano recuou de 3,6 milhões em 2000 para 2,6 milhões em 2022 e a estimativa é de queda, caindo para 1,5 milhão em 2070.

A taxa de mortalidade infantil também recuou de 28,1 para 12,5 óbitos por mil nascidos vivos de 2000 a 2023, devendo diminuir para 5,8 em 2070.

A esperança de vida ao nascer (número médio de anos que uma pessoa nascida naquele ano espera viver) subiu de 71,1 anos em 2000 para 76,4 anos em 2023. Em 2070, espera-se que chegue aos 83,9 anos.

Em 2000, a idade média em que as mulheres tinham filhos era de 25,3 anos, passando para 27,7 anos em 2020. Em 2070, deverá alcançar 31,3 anos.

Entre 2000 a 2023, a taxa de fecundidade total (número médio de filhos que as mulheres teriam ao final do período reprodutivo) recuou de 2,32 para 1,57 filho por mulher. Entre os estados, a taxa mais alta foi de Roraima (2,26) e a mais baixa, do Rio de Janeiro (1,39).

De 2000 a 2023, a proporção de idosos (60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos.

As Projeções de População do IBGE utilizam dados provenientes de diversas fontes como os dos três últimos censos (2000, 2010 e 2022), das Estatísticas do Registro Civil (desde 1974) o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), ambos do Ministério da Saúde, entre outros.

Brasil: 212,6 milhões de habitantes em 2024

Na data de referência de 1º de julho de 2024, o Brasil tinha uma população estimada em 212,6 milhões de habitantes.

São Paulo é o estado mais populoso, concentra 21,6% da população, com 46,0 milhões de pessoas. Minas Gerais, com 10% (21,3 milhões) e Rio de Janeiro, com 8,1% (17,2 milhões) lideram junto a SP o ranking dos três estados com mais habitantes em 2024.

Por outro lado, cinco estados têm menos de 1% da população do país: Rondônia (0,8%), Tocantins (0,7%), Acre (0,4%), Amapá (0,4%) e Roraima (0,3%) no mesmo ano.

Os municípios mais e menos populosos

O país tem 15 municípios com mais de 1 milhão de pessoas, dos quais 13 são capitais. Em primeiro lugar está São Paulo, continuando a ser o município mais populoso do país: 11,9 milhões de habitantes, seguido por Rio de Janeiro (6,7 milhões) e Brasília (3,0 milhões).

Guarulhos e Campinas, ambos em São Paulo, são os únicos municípios que não são capitais com mais de 1 milhão de habitantes (1,3 milhão e 1,1 milhão, respectivamente). São Gonçalo (RJ) ficou em terceiro lugar, com 961 mil.

Ao todo, 48 municípios têm população maior que 500 mil habitantes, onde estão cerca de 65,7 milhões de pessoas. E nos 339 municípios com população entre 100 mil e 500 mil vivem cerca de 58,0 milhões de pessoas.

Sobre os municípios menos populosos, com até 5 mil habitantes, são 1.288, no total, que somam apenas 2,0% da população (4,3 milhões).

Serra da Saudade (MG), que no Censo 2022 era o menos populoso, assim permanece: são 854 habitantes.

Quer saber mais sobre esse tema?

Veja em:

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/41056-populacao-do-pais-vai-parar-de-crescer-em-2041

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/41111-populacao-estimada-do-pais-chega-a-212-6-milhoes-de-habitantes-em-2024

*O IBGE projeta a população dos estados com base nas componentes da dinâmica demográfica e depois divide esses estados em municípios usando um método matemático.