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Alfabetização

Conforme os resultados do Censo Demográfico de 2022, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Isso representa uma taxa de alfabetização de 93,0% e de analfabetismo de 7,0% para esse grupo. No Censo 2010, as taxas de alfabetização e de analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%, respectivamente.
O tema é investigado desde o primeiro Censo do Brasil, em 1872. Em 1940, menos da metade da população sabia ler e escrever (44,0%).

As menores taxas de analfabetismo foram observadas entre as pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade, sendo 4,3% e 2,5%, respectivamente. Por outro lado, entre aqueles do mesmo grupo etário, as pessoas de cor ou raça preta, parda e indígena apresentaram taxas de analfabetismo de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.

Isso indica que as taxas de analfabetismo entre pretos e pardos são mais que o dobro das observadas entre os brancos, e a taxa entre os indígenas é quase quatro vezes maior. Porém, entre 2010 e 2022, a diferença entre as taxas de analfabetismo de brancos e pretos diminuiu de 8,5 para 5,8 pontos percentuais. A vantagem dos brancos em relação aos pardos também foi reduzida, passando de 7,1 para 4,3 pontos percentuais. Para os indígenas, a diferença caiu de 17,4 para 11,7 pontos percentuais.


A taxa de analfabetismo diminuiu em todas as faixas etárias. Em 2022, o grupo mais jovem, de 15 a 19 anos, registrou a menor taxa de analfabetismo (1,5%), enquanto o grupo de 65 anos ou mais ainda apresentava a maior taxa (20,3%). No entanto, este último grupo teve a maior redução em três décadas: a taxa caiu de 38,0% em 2000 para 29,4% em 2010 e para 20,3% em 2022, uma diminuição de 17,7 pontos percentuais desde 2000, representando uma queda de 46,7%.

Quando analisadas as taxas de analfabetismo por idade e cor ou raça, observa-se que pretos e pardos alcançam valores superiores a 2% a partir da faixa etária de 25 a 34 anos, enquanto entre os brancos isso ocorre a partir dos 35 a 44 anos. A maior diferença entre brancos e pretos é observada no grupo de 65 anos ou mais, atingindo 20,9 pontos percentuais.

Em 2022, 93,5% das mulheres sabiam ler e escrever, em comparação com 92,5% dos homens. A vantagem das mulheres é observada em todos os grupos etários, exceto entre aqueles com 65 anos ou mais, no qual 79,9% dos homens e 79,6% das mulheres eram alfabetizados. A maior diferença entre os gêneros foi encontrada no grupo de 45 a 54 anos, com as mulheres apresentando uma taxa de alfabetização 2,7 pontos percentuais superior à dos homens.

A taxa de analfabetismo em pequenos municípios é quatro vezes maior do que em cidades com mais de 500 mil habitantes. Somente os municípios com mais de 100.000 habitantes apresentaram taxas de analfabetismo abaixo da média nacional. Os 1.366 municípios com população entre 10.001 e 20.000 habitantes registraram a maior taxa média de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais, com 13,6%. Essa taxa é mais de quatro vezes superior à dos 41 municípios com população acima de 500.000 habitantes, que tiveram uma taxa de 3,2%.


Independentemente do tamanho dos municípios, os cinco com menor taxa de analfabetismo estão localizados na Região Sul ou em São Paulo. Na categoria de municípios com até 10 mil habitantes, os destaques são São João do Oeste/SC (0,9%), Westfália/RS (1,1%), Rio Fortuna/SC (1,2%), Águas de São Pedro/SP (1,2%) e São Vendelino/RS (1,3%). Entre os municípios com mais de 500 mil habitantes, os destaques são Florianópolis/SC (1,4%), Curitiba/PR (1,5%), Joinville/SC (1,6%), Porto Alegre/RS (1,7%) e Santo André/SP (2,0%).

Já as maiores taxas de analfabetismo foram encontradas na Região Nordeste, que reuniu 22 dos 25 municípios selecionados. As maiores taxas estão nas classes de até 10 mil habitantes, todos do Piauí - Floresta do Piauí (34,7%), Aroeiras do Itaim (34,6%), Massape do Piauí (34,3%), Paquetá do Piauí (34,3%) e Padre Marcos (34,0%); e na faixa de 10 mil a 50 mil habitantes – Alto Alegre/RR (36,8%), Estrela de Alagoas/Al (34,2%), Traipu/AL (32,7%), Pedro Alexandre/BA (31,9%) e Amajari/RR (31,8%).

Entre as regiões brasileiras, a região Sul continuou com a maior taxa de alfabetização do país (96,6%) em 2022. Em seguida, está a região Sudeste, com 96,1%. Já a região Nordeste manteve a taxa mais baixa (85,8%), seguida da região Norte, com 91,8%, e da região Centro-Oeste, com 94,9%.

Entre as unidades da federação, as maiores taxas de alfabetização em 2022 foram registradas em Santa Catarina, com 97,3%, e no Distrito Federal, com 97,2%. As menores taxas foram observadas em Alagoas, com 82,3%, e no Piauí, com 82,8%. Em 2010, a diferença entre a maior e a menor taxa de alfabetização, ou seja, entre o Distrito Federal e Alagoas, era de 20,9 pontos percentuais. Em 2022, esse diferencial diminuiu para 15,0 pontos percentuais, entre Santa Catarina e Alagoas.

Entre os censos de 2010 e 2022, Alagoas foi a unidade da federação que mais aumentou o percentual de pessoas alfabetizadas com 15 anos ou mais, registrando uma expansão de 6,7 pontos percentuais. Apesar desse avanço significativo, Alagoas ainda manteve a posição de menor taxa de alfabetização do país.

Os resultados do Censo Demográfico 2022 revelam que no país havia 1.187.246 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, das quais 1.008.539 sabiam ler e escrever um bilhete simples, enquanto 178.707 não sabiam. Isso resulta em uma taxa de alfabetização de 85,0% para as pessoas indígenas, abaixo da taxa nacional de 93,0%. A taxa de analfabetismo dessa população foi de 15,1%, superior à taxa nacional de 7,0%.

As taxas de alfabetização mais elevadas entre as pessoas indígenas foram encontradas nas regiões Sudeste (91,7%), Sul (89,4%) e Centro-Oeste (87,3%). As taxas mais baixas foram registradas nas regiões Nordeste (82,0%) e Norte (84,7%).


Quer saber mais? 

Portal do IBGE

Com a publicação  “Censo 2022 Alfabetização: Resultados do Universo”, o IBGE traz a público mais uma divulgação temática dos resultados do Censo Demográfico 2022, abordando as informações relativas à alfabetização da população brasileira. Nesta divulgação, os dados disponibilizados contemplam os recortes Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios e estão desagregados, também, segundo a cor ou raça, pessoas indígenas, sexo e os grupos de idade dos moradores.

Para saber mais, acesse a matéria da Agência de Notícias do IBGE: Censo 2022: Taxa de analfabetismo cai de 9,6% para 7,0% em 12 anos, mas desigualdades persistem

Portal do IBGEPara saber mais, acesse os principais resultados, gráficos e mapas no hotsite Panorama do Censo 2022