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 No Censo 2022, os recenseadores visitaram todos os domicílios de todos os municípios brasileiros. E esses domicílios foram divididos em particulares permanentes, particulares improvisados e coletivos. Os particulares permanentes se subdividiam em: ocupado, vago e de uso ocasional (esses dois últimos não tinham moradores).  E os improvisados são os localizados em edificações que não tenham dependências destinadas exclusivamente à moradia ou em vias públicas (caçadas, ruas, praças e avenidas) como, por exemplo, tendas, barracas, veículos, barcos, trailers etc. Entretanto, não são considerados improvisados os domicílios localizados em favelas.

Já os coletivos podem ser asilo, penitenciária, quartel, clínica psiquiátrica, abrigo para menores, casa de passagem para moradores em situação de rua. Condomínios residenciais, prédios, cortiços e repúblicas de estudantes, por exemplo, não estão configurados como “coletivos”.

Vamos ver os resultados para cada tipo?

Domicílios coletivos

 De acordo com a publicação “Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos: Resultados do universo”, 837 mil pessoas viviam em domicílios coletivos, ou 0,4% da população total do Brasil. A penitenciária (centro de detenção ou similar) foi o tipo com o maior número de pessoas residindo: 479 mil pessoas (0,2% do total da população brasileira), das quais 96,0% eram homens e 3 a cada 4 moradores tinham entre 20 a 39 anos.

O asilo (ou instituição de longa permanência para idosos) apareceu em segundo lugar: 161 mil pessoas (0,1% da população brasileira). As mulheres eram a maioria: 59,8%.

 Domicílios vagos e de uso ocasional

O Censo Demográfico 2022 investigou a quantidade e a distribuição no território brasileiro dos domicílios particulares permanentes com moradores (os resultados já divulgamos aqui) e sem moradores que são os vagos e os de uso ocasional.

https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/22394-enderecos.html

O domicílio vago é aquele em que, na data de referência, não se encontrava ocupado e nem era utilizado ocasionalmente. O Censo 2022 registrou 11,4 milhões nessa categoria.

Os de uso ocasional não eram a residência principal de nenhuma pessoa. Seriam as casas de veraneio, imóveis para locação de curta duração e repúblicas de estudantes, por exemplo. Foram contabilizados em 6,7 milhões deste tipo.

Domicílios improvisados

Em 2022, 160 mil pessoas residiam em domicílios particulares improvisados, sendo 57 mil moradores (35,3% dos moradores de domicílios improvisados e 0,03% da população brasileira) viviam em tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido. A taxa de alfabetização neste tipo de domicílio improvisado foi de 22,3%. Cabe explicar que o Censo é uma pesquisa domiciliar, ou seja, que contabiliza apenas pessoas residentes em domicílios, mesmo que sejam improvisados, logo, não mensura toda a população em situação de rua do país.

 

 

Veja aqui.