O IBGE lançou no dia 3 de dezembro de 2025 a publicação Síntese de Indicadores Sociais (SIS): Uma análise das condições de vida da população brasileira 2025. Seu objetivo é reunir e organizar dados essenciais sobre como vivem as pessoas no Brasil, focando principalmente nas desigualdades que existem entre diferentes grupos. O estudo está dividido em três grandes temas: padrão de vida e distribuição de rendimentos; estrutura econômica e mercado de trabalho; e Educação. Vamos analisar alguns resultados a seguir e, para saber mais sobre educação, o IBGEeduca tem uma matéria dedicada especificamente a esse tema. (INSERIR LINK).
Padrão de vida e distribuição de rendimentos
Em relação ao padrão de vida, a publicação registrou uma queda notável na pobreza no Brasil. Entre 2023 e 2024, 8,6 milhões de pessoas saíram da pobreza, com a proporção de população do país na pobreza caindo de 27,3% para 23,1%. A extrema pobreza também diminuiu, retirando 1,9 milhão de pessoas dessa situação no mesmo período, atingindo 3,5% da população. Esses números de pobreza e extrema pobreza de 2024 são os menores de toda a série histórica.
*Glossário: Nessa publicação, foi utilizado o conceito do Banco Mundial (World Bank), que considera como trabalhadores extremamente pobres e pobres as pessoas ocupadas que vivem em domicílios com rendimento domiciliar per capita abaixo das medidas monetárias de, respectivamente, US$ 2,15 e US$ 6,85 PPC de 2017.
Os benefícios de programas sociais têm um impacto muito grande nessa redução, pois, se fossem eliminados, a proporção de pessoas na extrema pobreza aumentaria de 3,5% para 10,0% e aumentaria de 23,1% para 28,7% no caso das pessoas na pobreza.
Apesar dos avanços, o Brasil ainda demonstra alta desigualdade, sendo o segundo país com a maior diferença de renda entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres, entre quarenta países selecionados pela OCDE, ficando atrás apenas da Costa Rica.
E a Síntese mostra que o problema atinge alguns grupos de forma mais intensa. A pobreza e a extrema pobreza são mais comuns entre mulheres, crianças de 0 a 14 anos, e pessoas pretas ou pardas. No recorte regional, as regiões Nordeste e Norte concentram as maiores taxas de pobreza.
Estrutura econômica e mercado de trabalho
No caso das informações sobre trabalho, a Síntese apontou uma melhora sob o ponto de vista dos trabalhadores. Em 2024, o nível de ocupação (pessoas que possuem trabalho remunerado) alcançou 58,6%, o resultado mais alto da série histórica. E a taxa de desocupação também caiu para 6,6% em 2024.
No entanto, algumas desigualdades persistem. Comparando o rendimento médio real por cor ou raça, a publicação mostrou que as pessoas brancas recebiam, em média, 65,9% a mais de rendimento de todos os trabalhos do que pessoas pretas ou pardas em 2024, considerando o rendimento de todas as fontes. O rendimento hora médio real era de R$ 24,60 para brancos, enquanto pretos e pardos recebiam R$ 15,00.
Além disso, o gráfico a seguir também mostra outros aspectos das desigualdades entre homens e mulheres, comparando também por cor ou raça.
Saiba mais
Publicação Completa: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102240.pdf
Veja mais sobre a Síntese aqui.